quarta-feira, 20 de junho de 2012

Trabalho realizado para o curso AEE 2012.




Olá colegas!!!

Hoje vou publicar aqui uma relato de aplicabilidade do AEE na minha cidade Cidreira.

 
RELATO DOCUMENTADO SOBRE A APLICABILIDADE DO CURSO AEE NA CIDADE DE CIDREIRA/RS

 
Inclusão: uma realidade possível

Autor: Beatriz Silvana Grings

Orientador: Profª Elinara Leslei Feller

            Tendo em vista colocar em funcionamento a sala de recursos da Escola Herlita e a necessidade dos alunos especiais terem uma sala voltada para suas reais necessidade, o plano de ação pedagógico “Inclusão: uma realidade possível”busca junto com a equipe diretiva organizar a sala de AEE.
A realidade do município de Cidreira é bastante carente em relação ao atendimento dos alunos com necessidades especiais, a falta de especialistas e de uma equipe multidisciplinar para o acompanhamento adequado, torna o diagnóstico muitas vezes tardio, prejudicando o desenvolvimento social, motor e até intelectual deste aluno.
Por isso, acredito que a colocação em funcionamento da sala de recursos de nossa escola seja o caminho mais rápido para a real inclusão de nossos alunos.
Nossa escola, Escola Estadual de Ensino Fundamental Herlita Silveira Teixeira, localizada na Cidade de Cidreira, litoral norte do RS, na Av. Aparício Brandino de Oliveira, Nº: 1115, construído pelo ex-governador Alceu Collares, para ser uma escola em tempo integral, antigo CIEP, hoje conta com cerca de 560 alunos nos turnos manhã e tarde.
Como em toda escola, a nossa também tem alunos com déficit de atenção, baixa visão, hiperatividade, deficiências físicas e múltiplas, mas nossos maiores desafios ainda são alunos com péssimo comportamento e de relacionamento.
Nossa sala de recurso ainda encontra em desuso e por isso é muito importante que seja colocada o mais rápido possível em funcionamento e desta forma será possível desenvolver, diferentes atividades com os alunos matriculados na E. E. E. F. Herlita Silveira Teixeira, fazendo com que os alunos com necessidades especiais se integrem cada vez mais a nossa escola, preparando-os para terem cada vez mais autonomia e se sintam realmente incluídos na comunidade escolar.
O sucesso escolar do aluno com necessidades especiais e sua integração na escola gira em torno da participação efetiva da família, do envolvimento de profissionais qualificados. Para tanto, a utilização das leis que regulamenta a Educação Especial no país será de grande auxilio.
Segundo Alves e Guareschi (2011) “O professor deverá, de forma criativa e inovadora buscar atividades e recursos que estimulem o aprendizado do aluno nas áreas em que ele encontra maiores dificuldades”. (ALVES;GUARESCHI (2011, p. 36) É nesta expectativa, que colocar a sala de recursos multifuncional em uso em nossa escola é tão imprescindível, há uma série de necessidades educacionais que serão sanadas a partir do real funcionamento da sala que hoje se encontra em desuso.
Nesta expectativa se faz necessário reconhecer as diferenças, sensibilizar todos os envolvidos neste processo educativo, trabalhando com essa diversidade, valorizando e convivendo com as diferenças. O aluno de hoje traz uma bagagem cultural muito grande, neste sentido faz-se necessário que o aluno faça parte do seu próprio processo educacional, construtor da sua própria história.
Para tanto, destaco aqui Bersch e Machado (2011):

A inclusão escolar denuncia o esgotamento das práticas da escola comum, com base no modelo transmissivo do conhecimento, na espera pelo aluno ideal, na padronização dos resultados esperados pela avaliação classificatória, no currículo organizado de forma disciplinar e universal, na repetência, na evasão, nas turmas organizadas por série, enfim, em tantos outros elementos que compõem o universo das práticas escolares. (BERSCH; MACHADO, p.63).

Para que possamos desenvolver o trabalho na Sala de Recursos Multifuncional, da E. E. E. F. Herlita Silveira Teixeira pretende-se explorar os recursos existentes na sala, valorizando o aspecto lúdico da criança, pois a brincadeira já está presente no universo infantil, sendo um ótimo caminho para que possamos atingir nossos objetivos.
Os alunos começaram a ser atendidos, em turno inverso ao horário escolar, na Sala de Recursos Multifuncional, de forma que venha complementar e suplementar a aprendizagem, o atendimento será individual, quando necessário, ou em pequenos grupos, de até cinco alunos, conforme a necessidade de cada aluno atendido.
A valorização dos trabalhos realizados nesta sala, pelos alunos, será feita através de exposições, teatro, canto, dança, desenhos, etc., buscando melhorar a autoestima dos alunos, trabalhando também nas turmas onde estes alunos estão sendo incluídos, de modo que as diferenças sejam sempre respeitadas. Pois, “a criança com deficiência..., não deve ser olhada como incapaz, mas como um sujeito singular, e a deficiência precisa ser compreendida como condição e não como doença”. (BATTISTEL, 2011, p.115)
Espera-se que os alunos com necessidades especiais matriculados na escola e no seu entorno possam com as atividades realizadas na Sala de Recursos AEE e demais espaços escolares possam ter uma melhor integração na escola.
O trabalho ao longo do ano será acompanhado pela equipe diretiva, e sempre procurando parcerias com os professores de turma e familiares, visando o melhor desenvolvimento dos alunos atendidos.
Acredito que o curso foi muito importante, pois a formação dos professores para atuarem junto com alunos especiais é cada vez mais necessária, e hoje nossa comunidade escolar sofre uma carência muito grande de profissionais que atue efetivamente nesta área.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

BERSCH; Rita, MACHADO, Rosangela. Tecnologia Assistiva – TA: aplicações na Educação. In: SILUK, Ana Cláudia Pavão (Org.). Formação de professores para o Atendimento Educacional Especializado. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2011, p. 63-99
BATTISTEL; Amara L. Holanda T. Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência física. In: SILUK, Ana Cláudia Pavão (Org.). Formação de professores para o Atendimento Educacional Especializado. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2011, 103-135





Um comentário:

  1. Olá!
    Muito interessante a proposta deste projeto no que diz respeito a trabalhar também nas turmas onde os alunos estão sendo incluídos, pois se trabalharmos sozinhos não teremos resultado. Por isso uns dos fatores prioritários no trabalho de inclusão é envolver este aluno com a turma e conscientizar a todos sobre a importância do respeito à diversidade e à particularidade de cada um, sendo diferente ou não.

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