Olá colegas!!!
Hoje vou publicar aqui uma relato de
aplicabilidade do AEE na minha cidade Cidreira.
RELATO
DOCUMENTADO SOBRE A APLICABILIDADE DO CURSO AEE NA CIDADE DE CIDREIRA/RS
Inclusão: uma realidade possível
Autor: Beatriz Silvana Grings
Orientador: Profª Elinara Leslei
Feller
Tendo em vista
colocar em funcionamento a sala de recursos da Escola Herlita e a necessidade
dos alunos especiais terem uma sala voltada para suas reais necessidade, o
plano de ação pedagógico “Inclusão: uma realidade possível”busca junto com a
equipe diretiva organizar a sala de AEE.
A realidade do
município de Cidreira é bastante carente em relação ao atendimento dos alunos
com necessidades especiais, a falta de especialistas e de uma equipe
multidisciplinar para o acompanhamento adequado, torna o diagnóstico muitas
vezes tardio, prejudicando o desenvolvimento social, motor e até intelectual
deste aluno.
Por isso, acredito
que a colocação em funcionamento da sala de recursos de nossa escola seja o
caminho mais rápido para a real inclusão de nossos alunos.
Nossa escola, Escola
Estadual de Ensino Fundamental Herlita Silveira Teixeira, localizada na Cidade
de Cidreira, litoral norte do RS, na Av. Aparício Brandino de Oliveira, Nº:
1115, construído pelo ex-governador Alceu Collares, para ser uma escola em
tempo integral, antigo CIEP, hoje conta com cerca de 560 alunos nos turnos
manhã e tarde.
Como em toda escola,
a nossa também tem alunos com déficit de atenção, baixa visão, hiperatividade,
deficiências físicas e múltiplas, mas nossos maiores desafios ainda são alunos
com péssimo comportamento e de relacionamento.
Nossa sala de recurso
ainda encontra em desuso e por isso é muito importante que seja colocada o mais
rápido possível em funcionamento e desta forma será possível desenvolver,
diferentes atividades com os alunos matriculados na E. E. E. F. Herlita
Silveira Teixeira, fazendo com que os alunos com necessidades especiais se
integrem cada vez mais a nossa escola, preparando-os para terem cada vez mais
autonomia e se sintam realmente incluídos na comunidade escolar.
O sucesso escolar do aluno com necessidades especiais e sua
integração na escola gira em torno da participação efetiva da família, do
envolvimento de profissionais qualificados. Para tanto, a utilização das leis
que regulamenta a Educação Especial no país será de grande auxilio.
Segundo Alves e Guareschi (2011) “O professor deverá, de
forma criativa e inovadora buscar atividades e recursos que estimulem o
aprendizado do aluno nas áreas em que ele encontra maiores dificuldades”. (ALVES;GUARESCHI (2011, p. 36) É nesta
expectativa, que colocar a sala de recursos multifuncional em uso em nossa
escola é tão imprescindível, há uma série de necessidades educacionais que
serão sanadas a partir do real funcionamento da sala que hoje se encontra em
desuso.
Nesta expectativa se faz necessário reconhecer as diferenças,
sensibilizar todos os envolvidos neste processo educativo, trabalhando com essa
diversidade, valorizando e convivendo com as diferenças. O aluno de hoje traz
uma bagagem cultural muito grande, neste sentido faz-se necessário que o aluno
faça parte do seu próprio processo educacional, construtor da sua própria
história.
Para tanto, destaco aqui Bersch e Machado (2011):
A inclusão escolar
denuncia o esgotamento das práticas da escola comum, com base no modelo
transmissivo do conhecimento, na espera pelo aluno ideal, na padronização dos
resultados esperados pela avaliação classificatória, no currículo organizado de
forma disciplinar e universal, na repetência, na evasão, nas turmas organizadas
por série, enfim, em tantos outros elementos que compõem o universo das
práticas escolares. (BERSCH; MACHADO, p.63).
Para que possamos desenvolver o trabalho na Sala de Recursos
Multifuncional, da E. E. E. F. Herlita Silveira Teixeira pretende-se explorar
os recursos existentes na sala, valorizando o aspecto lúdico da criança, pois a
brincadeira já está presente no universo infantil, sendo um ótimo caminho para
que possamos atingir nossos objetivos.
Os alunos começaram a ser atendidos, em
turno inverso ao horário escolar, na Sala de Recursos Multifuncional, de forma
que venha complementar e suplementar a aprendizagem, o atendimento será
individual, quando necessário, ou em pequenos grupos, de até cinco alunos,
conforme a necessidade de cada aluno atendido.
A valorização dos trabalhos realizados nesta sala, pelos
alunos, será feita através de exposições, teatro, canto, dança, desenhos, etc.,
buscando melhorar a autoestima dos alunos, trabalhando também nas turmas onde
estes alunos estão sendo incluídos, de modo que as diferenças sejam sempre
respeitadas. Pois, “a criança com deficiência..., não deve ser olhada como
incapaz, mas como um sujeito singular, e a deficiência precisa ser compreendida
como condição e não como doença”. (BATTISTEL,
2011, p.115)
Espera-se que os alunos com
necessidades especiais matriculados na escola e no seu entorno possam com as
atividades realizadas na Sala de Recursos AEE e demais espaços escolares possam
ter uma melhor integração na escola.
O trabalho ao longo do ano será
acompanhado pela equipe diretiva, e sempre procurando parcerias com os
professores de turma e familiares, visando o melhor desenvolvimento dos alunos
atendidos.
Acredito que o curso foi muito
importante, pois a formação dos professores para atuarem junto com alunos
especiais é cada vez mais necessária, e hoje nossa comunidade escolar sofre uma
carência muito grande de profissionais que atue efetivamente nesta área.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
BERSCH;
Rita, MACHADO, Rosangela. Tecnologia Assistiva – TA: aplicações na Educação.
In: SILUK, Ana Cláudia Pavão (Org.). Formação
de professores para o Atendimento Educacional Especializado. Santa Maria:
Universidade Federal de Santa Maria, 2011, p. 63-99
BATTISTEL; Amara L. Holanda T. Atendimento Educacional Especializado
para alunos com deficiência física. In: SILUK,
Ana Cláudia Pavão (Org.). Formação de
professores para o Atendimento Educacional Especializado. Santa Maria:
Universidade Federal de Santa Maria, 2011, 103-135